ABC – Folheto de cordel em que cada estrofe começa com uma letra do alfabeto (em ordem, de A à Z). Usava-se esta regra para facilitar a aprendizagem.

 

Bardo – Poeta, cantador, trovador, vate.

 

Cantador – Cantor popular do Nordeste brasileiro, que canta versos de improviso em desafio, ao som da viola, rabeca ou pandeiro. Os cantadores são os paladinos da cantaria. Também são chamados de violeiros e repentistas.

 

Cavalgamento - Comumente, os poetas cordelistas chamam de cavalgamento o que vemos em algumas gramáticas como Enjambement. É o nome que se dá ao processo de continuar "o racíocinio" no verso seguinte visando completar o seu sentido e não "ferir" a métrica.

 

Conga – Espécie de contrato estabelecido entre o autor e o editor do folheto de cordel, em que este paga os direitos autorais daquele com certa quantidade de folhetos publicados.

 

Corrido – É o folheto rimado do México, da Argentina, da Nicarágua ou do Peru, que registram fatos circunstanciais ou tradicionais do romanceiro castelhano. O corrido é também conhecido por compuesto.

 

Deixa - É o processo na cantoria em que o segundo cantador rima o seu verso inicial com o último cantado pelo primeiro cantador, isto é o que se chama “pegar na deixa”. Essa modalidade também foi incorporada por muitos cordelistas em seus textos escritos.

 

Folhantes volantes – O mesmo que folhas soltas. Sucederam as folhas manuscritas onde se registrava a poesia popular antes do advento da imprensa.

 

Folheteiro – Vendedor de folhetos.

 

Glosa – É uma forma poética que desenvolve e comenta um mote (verso ou ideia central), desdobrando-o em várias estrofes. O mote em geral é de um ou mais pés (versos). A glosa é uma técnica valorizada por permitir ao poeta explorar um tema com criatividade e originalidade, sempre retornando ao mote como fio condutor em cada estrofe. Esse recurso é uma prática tradicional na literatura de cordel e em outras formas de poesia popular, especialmente naquelas de caráter oral e improvisado, como as cantorias e desafios.

 

Loa – O mesmo que louvação.

 

Louvação – Estrofe setissilábica sem número determinado de versos usados pelos cantadores antigos para fazer elogios em troca de pagamento ou gratificação.